
No entanto, não se trata de uma proximidade próxima. É uma proximidade de braços curtos demais para tocar ou abraçar a pessoa distante. E daí que vem a parte do aperto do longeaperto. Se a é prefixo de negação, então a-perto nada mais é do que o não-perto. Este é o paradoxo do longeapertar. É a sensação de estar perto de quem está longe sem poder apertar, tocar. É aquela vontade que temos de fazer um cafuné, deitar no colo ou simplesmente dividir uma cerveja com quem podemos ver apenas por uma foto.
Quem sabe isso muda. Quem sabe alguém inventa o teletransporte. Um botão que ao ser pressionado nos leve para um mesmo espaço onde o outro está. Nem que seja só por um almoço ou pelo tempo de uma madrugada. Como num passe de mágica. E então, o apertar vai deixar de ser sobre o não-perto e passar a ser sobre o apertar de um botão que instataneamente nos leva para o sim-do-lado.
Quem sabe isso muda. Quem sabe alguém inventa o teletransporte. Um botão que ao ser pressionado nos leve para um mesmo espaço onde o outro está. Nem que seja só por um almoço ou pelo tempo de uma madrugada. Como num passe de mágica. E então, o apertar vai deixar de ser sobre o não-perto e passar a ser sobre o apertar de um botão que instataneamente nos leva para o sim-do-lado.
Adorei! Me lembrou um livro da Adriana Falcão que gosto muito, "Luna Clara e Apolo Onze". E representou muito bem essa saudade que eu sinto da minha mãe, irmão e padrasto, que moram longe, mas que nunca deixam de estar perto.
ResponderExcluir=)
Ju querida, que delícia saber que te lembrei de um sentimento gostoso com o texto! Isso é o que mais me anima. Obrigada por compartilhar em um comentário =).
ExcluirSobre Luna Clara e Apolo Onze, você não acredita! Estou lendo no momento! Acho que é daí que a inspiração pode estar vindo. Adorei a relação! Beijos
Own... deu vontade de abraçar.... =]
ResponderExcluirObrigada, Ca! Adorei saber que você gostou =)!
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