segunda-feira, 1 de abril de 2013

Guardanapo


Guardanapo é papel. Algumas vezes, pode ser pano também. Mas, na maioria das vezes, guardanapo é papel. Papel que limpa a boca e descansa no colo. Que sai borrado de batom ou de molho de tomate.


Mas, guardanapo é mais do que isso.

Tem vezes que guardanapo é caminho. Com uma caneta na mão, quem tem pressa desenha um mapa para quem procura algum lugar ou destino. Funciona que nem aqueles que os piratas usavam. Vai ver que no ponto de chegada exista algum tesouro também.

Guardanapo é jura de amor eterno. É estampa que combina com a toalha.

Guardanapo é passarinho É barquinho para quem espera e avião para o ansioso. Vira rosa e chapéu de marinheiro. Basta cair na mão de quem conhece origami ou dobraduras e pode ser o que quiser.

Guardanapo é cupido. É só escrever uma perguntinha e pedir para o garçom entregar para a moça bonita da mesa ao lado. Se vier com oito números na resposta, a flecha atingiu em cheio a mira. Dai é só dobrar ele com cuidado e deixar no bolso para quando a coragem bater apertar o send depois de digitar aquela combinação mágica no celular.

Guardanapo é passatempo. É obra de arte ou rascunho de desenho enquanto se espera o outro chegar. É ata de reunião em café.

Guardanapo é autógrafo de artista encontrado no hora do almoço. É lembrança daquele encontro, semanas depois quando encontrado no bolso do casaco.

No fim, guardanapo é papel. Mas, não papel de folha. É o papel que a gente der para ele.

Nenhum comentário:

Postar um comentário