
Nas últimas aulas, o professor de matemática começou a falar de probabilidade. Fazia anos que lecionava este conteúdo, mas nunca havia sido bombardeado com as perguntas que ela fazia. As chances de eventos como os imaginados por ela acontecerem eram dificéis de serem calculadas.
- Olha, professor, sei que o senhor tem mesmo que ensinar essas coisas e que elas têm lá sua utilidade. É só que sinto falta de alguns elementos nas suas equações. A lousa fica aí, cheia de letrinhas e de sinais que se somam, mas nenhum deles representa o acaso, o destino, a sicronicidade. Vai ver que estes elementos aumentam a chance destes eventos acontecerem e devem ser considerados no cálculo. Vai ver que não e que na verdade eles são um produto lindo da matemática e devem estar no lado do resultado da equação.
O professor teve apenas o intervalo de uma respirada da aluna para lhe dar alguma resposta. Não conseguiu formular nada. Ela, então, continou falando.
- E, depois, fico pensando em qual a importância do fato de um evento ter quase nenhuma chance de acontecer, quando ele acontece. O que quero dizer é que não adianta dizermos para alguém que a chance de encontrar o amor de sua vida no metrô ou de seu para-quedas não abrir é de zero vírgula um monte de outros zeros se isso acontece. Porque para o rapaz que conheceu a sua amada esposa no metrô ela é cem por centro para ele e para família do azarado que morreu no para-quedas a ausência dele vai ser pra sempre um conjunto vazio, sem vírgula nem nada.
Por acaso, o sinal tocou naquela hora. A aula terminou e as perguntas ficaram sem respostas. Naquele dia, na volta para casa dentro do metrô, uma desconhecida sentou-se ao lado do professor. Ele puxou papo ao ver que liam o mesmo livro. No ano seguinte, eles se casaram.
- Olha, professor, sei que o senhor tem mesmo que ensinar essas coisas e que elas têm lá sua utilidade. É só que sinto falta de alguns elementos nas suas equações. A lousa fica aí, cheia de letrinhas e de sinais que se somam, mas nenhum deles representa o acaso, o destino, a sicronicidade. Vai ver que estes elementos aumentam a chance destes eventos acontecerem e devem ser considerados no cálculo. Vai ver que não e que na verdade eles são um produto lindo da matemática e devem estar no lado do resultado da equação.
O professor teve apenas o intervalo de uma respirada da aluna para lhe dar alguma resposta. Não conseguiu formular nada. Ela, então, continou falando.
- E, depois, fico pensando em qual a importância do fato de um evento ter quase nenhuma chance de acontecer, quando ele acontece. O que quero dizer é que não adianta dizermos para alguém que a chance de encontrar o amor de sua vida no metrô ou de seu para-quedas não abrir é de zero vírgula um monte de outros zeros se isso acontece. Porque para o rapaz que conheceu a sua amada esposa no metrô ela é cem por centro para ele e para família do azarado que morreu no para-quedas a ausência dele vai ser pra sempre um conjunto vazio, sem vírgula nem nada.
Por acaso, o sinal tocou naquela hora. A aula terminou e as perguntas ficaram sem respostas. Naquele dia, na volta para casa dentro do metrô, uma desconhecida sentou-se ao lado do professor. Ele puxou papo ao ver que liam o mesmo livro. No ano seguinte, eles se casaram.
Meu favorito até agora! Muito bom. Adoro acasos, coincidências e afins!
ResponderExcluirEu também sou muito fã delas, Jefferson! Faz um tempinho que queria escrever sobre o tema. Que bom que você gostou =).
ResponderExcluirADOREI!!!!!!!!!!!!!!1
ResponderExcluirRafaela, boa tarde! Fiquei muito contente ao saber que você gostou do post! Obrigada por compartilhar em um comentário. É muito gostoso ler comentários e ouvir o que o pessoal que está lendo acha dos posts! Volte sempre e não deixe de escrever sobre as suas percepções. Elas são super importantes! Beijos e boa semana.
ResponderExcluirBoa noite, também fico contente com suas respostas! Saiba que através da Michelle Fidelholc que eu conheci o seu Blog! Beijoca
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